O título do Estadual e a vaga na Série C fizeram de 2011 um ano inesquecível para a apaixonada torcida tricolor

o Tupi-MG (Foto: Antônio Carneiro)
Se o ano de 2011 para o Santa Cruz pudesse ser resumido em duas datas, não há dúvidas de que elas seriam os dias 15 de maio e 16 de outubro. Nesses dois domingos, o Tricolor conquistou os seus principais objetivos no ano: primeiro, foi o troféu do Campeonato Pernambucano, pondo fim a um jejum de títulos estaduais que já durava meia década; cinco meses depois, foi a vez de conquistar o acesso à Terceira Divisão, colocando um ponto final no capítulo mais triste da história do Mais Querido — três anos no pesadelo do futebol nacional, a Série D.

(Foto: Bruno Marinho)
Por falar nos torcedores, eles são os outros heróis desse ano histórico para o Santa Cruz. A torcida coral mais uma vez demonstrou a sua força, não apenas no Mundão do Arruda, mas também nos estádios Almeidão, Amigão, entre outros em que jogou na sua despedida da Quarta Divisão. E os números são apenas mais uma prova da paixão sem limites dos tricolores: em todas as quatro divisões do Brasileiro, o Mais Querido foi quem mais público levou para o estádio neste ano. Em oito jogos da Série D, o Tricolor levou mais de 295.328 torcedores às arquibancadas, o que resulta em uma média de 36.916 por partida, fazendo da torcida a principal patrocinadora do clube, que estava mergulhado em dificuldades financeiras.
O sucesso do Santa Cruz nesta temporada também não pode ser explicado sem mencionar a valiosa contribuição dos pratas da casa. O zagueiro Éverton Sena, o volante Memo e os meias Renatinho e Natan receberam a missão de reerguer um clube em queda e conseguiram suprir a falta de experiência no mundo do futebol com muita vontade e determinação dentro das quatro linhas. O resultado não poderia ser outro: juntos, eles saíram das divisões de base para marcar, em 2011, o nome na história do Tricolor.
O GLOBOESPORTE.COM/PE elaborou uma retrospectiva deste ano vitorioso para o Santa Cruz e convida os torcedores corais a relembrarem a caminhada do Mais Querido rumo ao título do Pernambucano e ao acesso à Série C, sem esquecer ainda a breve participação do Tricolor na Copa do Brasil.
É campeão!

Estadual 2011 (Foto: Agência Estado)
A campanha do Tricolor até o título do Estadual foi composta por 16 vitórias, três empates e seis derrotas e o Mais Querido balançou as redes adversárias 42 vezes, sendo 23 gols marcados no Arruda e os 19 restantes fora de casa. O Santa Cruz liderou praticamente todo o Campeonato Pernambucano, perdendo a liderança apenas na última rodada para o Náutico. Entretanto, reassumiu a ponta acumulando os pontos das semifinais. Na grande final, venceu o Sport por 2 a 0 no primeiro jogo e, na partida derradeira, perdeu por 1 a 0 para o Leão. Mesmo com a derrota, levantou o troféu, por causa do gol fora de casa ter peso dobrado como critério de desempate.
Copa de apenas três jogos

(Foto: Ag. Estado)
Nessa etapa, o adversário do Mais Querido era ninguém menos que o pentacampeão nacional São Paulo. Porém, o Santa Cruz não se intimidou e, no Arruda, venceu a equipe paulista pelo placar mínimo. O único gol do jogo foi marcado ainda no primeiro tempo, quando o volante Rodrigo Souto mandou para dentro das redes do próprio time. Ainda assim, a Cobra Coral teve papel determinante na vitória, pois, com valentia, conseguiu segurar o placar favorável, mesmo jogando com um a menos desde os 23 minutos do segundo tempo, devido à expulsão do zagueiro Leandro Souza. Na partida de volta, realizada na Arena Barueri, apesar de ter a vantagem de jogar pelo empate para se classificar às oitavas de final da Copa do Brasil, o Santa acabou eliminado da competição. Com três jogadores expulsos, um deles ainda no primeiro tempo, o Mais Querido até que lutou, mas acabou derrotado por 2 a 0.
Adeus, Série D!
Ao todo, doze passos separavam o Santa Cruz do acesso à Série C. O primeiro deles rumo à porta de saída da Quarta Divisão foi dado no dia 17 de julho, quando o Tricolor venceu o Alecrim pelo placar de 3 a 1, longe de casa, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. Foram necessários três meses para o que era expectativa se tornar, enfim, realidade: com um empate sem gols com o Treze-PB, o Mais Querido subiu para a Terceira Divisão, para a alegria dos quase 60 mil torcedores que lotaram o Arruda e comemoraram o fim da agonia coral no purgatório do futebol brasileiro.
Em seguida, nas semifinais, o Santa Cruz venceu o Cuiabá tanto no Arruda quanto no Estádio Luthero Lopes e garantiu a chance de conquistar aquele que seria o seu primeiro título nacional. Mas, entre o troféu da Série D e o Tricolor, havia o Tupi-MG, que venceu o Mais Querido nos dois jogos e ficou com o título. Ainda assim, os quase 55 mil torcedores que compareceram ao estádio coral aplaudiram e cantaram em homenagem ao “Time de Guerreiros”, que conquistou não apenas o grande objetivo do ano — a vaga na Série C e o consequente alívio de acordar o clube de um pesadelo que já durava três anos —, mas também presenteou à torcida com a esperança de poder comemorar o centenário do clube na Primeira Divisão, em 2014.

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