quinta-feira, 30 de agosto de 2012

No Recife, Erundina diz que PT e PSB “são diferentes”



Deputada federal diz que cada partido existe para ter chance de "disputar o poder e conquistar o poder" (Foto: Peu Ricardo/Folha de Pernambuco)
A polarização entre partidos governistas como o PT e o PSB em cidades importantes do País nestas eleições é vista pela deputada federal socialista, Luiza Erundina (SP) como algo natural e parte de uma evolução do processo político. “A gente lastima que isso se dê dessa forma porque esses partidos vêm juntos há mais de 10 anos. Mas ao mesmo tempo, há convir que são partidos diferentes, embora do mesmo campo. Mas cada partido existe para ter chance de disputar o poder e conquistar o poder. É natural que uma determinada agremiação partidária cresça e o caso do PSB é bem característico disso”, disse a parlamentar, que chegou esta noite ao Recife para participar da primeira sessão pública da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, nesta quinta-feira (29).
Em entrevista ao Blog da Folha, Luiza Erundina destacou que o PSB tem se consolidado nos principais colégios eleitorais e está crescendo, se fortalecendo. Para a socialista, isso significa que em um momento desse processo eleitoral cada um caminhe com candidaturas próprias e se junte num segundo turno. “A democracia prevê esse tipo de situação. Conflitos e tensões são naturais. Mas não acredito em processo de separação definitiva. Há uma identidade ideológica, política e programática entre esses partidos e que estão juntos por esses compromissos comuns”, analisa a deputada, que também é presidente da Subcomissão da Câmara e suplente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria.
Sobre o possível distanciamento entre o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos, Erundina preferiu minimizar afirmando que tem “acompanhado apenas através da Imprensa”.  A deputada vê os dois como lideranças que caminharam juntas nesses 10 anos e que seria natural “esses processos ocorrerem”. Questionada se o afastamento de ambos implicaria numa candidatura do socialista para a Presidência da República em 2014, a parlamentar não acredita em tal possibilidade para daqui a dois anos. “Claro que Eduardo é nosso candidato natural, uma liderança jovem… Mas isso não é para agora”, arriscou, ressaltando que é natural o PSB caminhar com as próprias pernas e ter seus projetos de governar o País.

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