Obras prioritárias para a Copa despertam interesse de redes

recife são paulo - No Brasil, as cidades-sede que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 começam a ver os projetos mudarem o cenário, com ampliação das obras vistas como prioritárias. Quem comemora são empresas de olho na prestação de serviços com consórcios como os da Odebrecht, Camargo Corrêa e WTorre. Uma delas é a holding A2DP, empresa de participações que assumiu o controle da Marfinite, conglomerado cuja expertise são assentos para estádios e ginásios, que começa a ver a internacionalização dos negócios depois de ter investido em trâmites para adequá-los às exigências da Fifa.



Nos próximos dois anos, a Marfinite espera faturar R$ 216 milhões, ante os R$ 154 milhões estimados para este ano. "Falamos em 1,2 milhão de novos assentos para atender o segmento", estima Alexandre Pimentel, porta-voz da Marfinite, em entrevista ao DCI. Ele diz que existem estádios mais próximos de fechar contratos nesse sentido, como o Minerão, localizado em Belo Horizonte (MG), e o Palestra Itália, que é o do time Palmeiras, na capital paulista. Para divulgar melhor a empresa, a Marfinite fechou parceria com a 9ine, agência de marketing esportivo e entretenimento do Grupo WPP.



A ideia é divulgar a marca Marfinite Arenas, dedicada aos assentos para estádios e ginásios. "Precisávamos de uma agência com expertise no esporte, que pudesse fortalecer o posicionamento da Marfinite Arenas, por isso procuramos a agência de Ronaldo [o Fenômeno]".



A 9ine, portanto, passa a ser responsável pela comunicação da Marfinite Arenas, o que compreende campanhas publicitárias, ativação da marca em eventos e branding. "Atendemos grandes marcas que querem investir em marketing esportivo e a conquista da conta de Marfinite Arenas fortalece ainda mais o nosso trabalho nessa área", afirma o diretor de operações da 9ine, Evandro Guimarães.



A japonesa NEC, que atua na área de tecnologia da informação (TI), já integra o quadro de empresas que estão trabalhando no Consórcio Arena Pernambuco, na instalação de sistema em nuvem para serviços governamentais, sistemas de energia inteligente e construção da infraestrutura de TI. Em Recife (PE), o governo fez uma parceria público- -privada (PPP) com a Odebrecht, responsável pelo consórcio - e por quatro dos 12 estádios que receberão a Copa. A ideia é construir o estádio que pertencerá ao município de São Lourenço da Mata, a 19 km do centro da capital. A primeira fase do empreendimento exigirá R$ 800 milhões e envolverá a criação de uma nova área urbana. O valor não inclui os R$ 532 milhões referentes apenas ao estádio.



Prioridades

Ainda no Recife, uma das obras prioritárias que acaba de sair do papel é a do Terminal Marítimo de Passageiros. A ordem de serviço para a execução das obras, considerada urgente, foi assinada pelo governador Eduardo Campos e pelo ministro dos Portos, Leônidas Cristino. O projeto envolverá mais de R$ 25,7 milhões. O ponto onde hoje fica o armazém 7 do porto ganhará um mezanino e prédio "extra" de 900 m², para deixar o local parecido com um terminal de aeroporto.

A meta é ter a capacidade receber simultaneamente três navios de passageiros, gerando até 10 mil leitos extras, sendo o término dos trabalhos no máximo em fevereiro de 2013, para o espaço ser usado já na Copa das Confederações. R$ 21,76 milhões virão de um convênio com a Secretaria Especial dos Portos e R$ 3,96 milhões dos cofres do governo local.



O prédio extra, batizado de Sala Pernambuco, será construído primeiro e terá três pavimentos. O térreo será um estacionamento coberto. O primeiro andar terá os serviços de check-in, além de um espaço para exposições. No pavimento superior estarão as salas dos órgãos federais e de segurança: Receita Federal e Anvisa, e a administração. Do último pavimento sairá uma passarela em direção ao terminal do armazém 7.



Somente após a construção da Sala Pernambuco é que o armazém será reformado, para não atrapalhar a temporada de cruzeiros, iniciada no fim do mês passado. O novo mezanino terá espaço de lazer, lojas e praça de alimentação. Já na área de hotelaria, dos 734 hotéis listados pela Fifa no site da Copa no Brasil, ao menos 38 serão em Pernambuco, que tem chamado a atenção das empresas voltadas à hospedagem. Segundo o Placar da Hotelaria Brasileira 2015, da consultoria Hotel Invest, o Recife tem risco moderado de não ter a ocupação esperada no pós-evento.



A entidade, que terceiriza a venda de ingressos e de pacotes turísticos com os jogos inclusos, chamados de "pacotes de hospitalidade", divulgou os hotéis que já firmaram contratos com a parceira Macht Hospitality - que tem uma cota dos ingressos do evento. A relação de meios de hospedagem em Pernambuco deve aumentar, à medida que os contratos forem firmados e os novos hotéis previstos estejam concluídos.



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Autor Fabio

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