Andrea rego Barros/Divulgação
Avaliação da Administração
Por Maurício Costa Romão
Com efeito, a avaliação da administração municipal só é considerada ótima e boa por apenas 20% dos eleitores, enquanto, apenas à guisa de comparação, o percentual do governo Eduardo Campos nesses itens chega a 67%.
Chama à atenção, também, a avaliação negativa da atual gestão municipal à frente da cidade: 40% dos eleitores ainda a consideram ruim ou péssima, contra apenas 8% que são atribuídos à administração estadual.
Entretanto, contrariando algumas expectativas, até porque não houve nenhuma grande ação na gestão municipal que merecesse destaque a ponto de influenciar a opinião pública recifense, a avaliação negativa que os eleitores fazem da administração do prefeito caiu seis pontos de percentagem entre junho e julho, com números fora da margem de erro de 3,0 pontos de percentagem, para mais ou para menos.
Ademais, houve também uma melhora na percepção positiva que os eleitores têm da administração municipal.
Após o tumultuado processo que pautou as prévias petistas, a executiva nacional do partido indicou o senador Humberto Costa como o pré-candidato à sucessão do atual prefeito. Preterido pelo próprio partido, o prefeito rebelou-se contra suas hostes e veio a receber, de determinados fóruns e segmentos da sociedade, várias manifestações de apreço pela sua obstinada posição.
O mandatário municipal chegou mesmo a transmitir uma imagem de ter sido vitimizado por disputas internas de correntes do partido e pelos líderes da agremiação, locais e nacionais, a ponto de ser-lhe negado até o direito de concorrer à reeleição. É possível que esse processo tenha suscitado maior simpatia da população pelo alcaide recifense e influenciado os números desta pesquisa de julho.
No período de janeiro a julho, entretanto, as apreciações positivas à sua imagem e à sua gestão não melhoraram significativamente. Dá-se a impressão que o cidadão recifense não concorda com o modo pelo qual o prefeito foi tratado pelo seu próprio partido, mas não aprecia sua figura enquanto gestor e político. Quer dizer, o munícipe é solidário à sua situação, porém não a ponto de transformar esse sentimento em manifestação concreta de intenção de voto.
Romão é Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau
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