Da boca de boa parte dos deputados da Alepe, sai uma quase unanimidade: a eleição da Mesa Diretora vai além dos acordos políticos e se constrói em cima de uma variável de peso: a amizade. Na hora do voto na urna, as relações pessoais são colocadas em teste. Embora os parlamentares saibam que “a traição faz parte do parlamento”, um pleito desse pode deixar o sentimento de amizade rompida. Por isso, ainda há respeito a esses laços criados em plenário e fora dele. Não à toa, o deputado Marcantônio Dourado foi reeleito vice-presidente, ainda que não fosse a indicação oficial do partido, cujo escolhido era Júlio Cavalcanti. Só que Julio tem apenas um mandato e Marcantônio acumula sete. Também não foi por acaso que nem Everaldo Cabral, nem Francismar Pontes aceitaram bater chapa com Eriberto Medeiros, ainda que o partido de ambos, o PSD, quisesse a vaga do PTC. Há amizades que começam fora da “arena” e perduram fora dela - caso do ex-deputado, Ettore Labanca, e do ex-presidente da Casa, Romário Dias. Romário chegou ao Recife, em 1963, para estudar e, entre os primeiros amigos que fez, à época, estão Ettore e Sérgio Guerra. Entrando na política estudantil, Romário trabalhou para eleger Ettore, em 1964, presidente do Centro de Estudantes Secundaristas de Pernambuco.
Relações - Quando Romário foi candidato a presidente, optou por ter Ettore em sua chapa na vice. O tempo acelera e novas parcerias vão sendo construídas. Filho de Ettore, Vinicíus Labanca foi eleito com o apoio do governador. Até por gratidão, não poderia deixar de votar na opção do PSB a 1ª secretaria, João Fernando Coutinho. Em meio à política, brotam laços de lealdade.
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