Marina acusa Dilma de conivência com desmatamento
















A ex-senadora Marina Silva (PSB) acusou, nesta quarta-feira (13), o governo Dilma Rousseff (PT) de ser conivente com o aumento do desmatamento no país. Estimativas do próprio Ministério do Meio Ambiente apontam para um crescimento de 20% do problema, em 2013. “Mas Imazon [Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia] está dizendo que é muito mais e dentro de terras públicas, que deveriam ser cuidadas pelo governo”, afirmou a neossocialista, após conceder palestra na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

Marina, que foi ministra do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Lula (PT), afirmou que o atual governo e o Poder Legislativo são responsáveis pelo desmatamento, uma vez que, mesmo com alertas de ambientalistas, patrocinaram as mudanças no Código Florestal.
“Não é omissão. É conivência. A grilagem voltou a acontecer pelo sinal trocado que foi dado pelo Congresso e o Executivo [na votação do projeto]. Não tinha aquele slogan 'Planta que o João garante'? Então, agora é faça a invasão de terras que vão garantir a legalização dessas terras desmatadas ilegalmente”, declarou.

O novo Código Florestal, segundo Marina, representa mais “um dos retrocessos” da atual administração federal. Cotada como uma das presidenciáveis na eleição do ano que vem, a ex-senadora ironizou a declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que acusou seu grupo político de praticar um “ambientalismo conservador”.
O “ambientalismo progressista” do Governo Federal, disse ela, fez o Brasil andar para trás em algo que já era celebrado como um grande ganho. “Antes da aprovação do projeto [do Código Florestal], tivemos o menor desmatamento da Amazônia”, lembrou.

Eduardo Campos - Sobre a união com o governador Eduardo Campos e sua filiação ao PSB, Marina repetiu que o correligionário continua como o nome do partido para concorrer ao Palácio do Planalto no próximo ano, mas frisou que o próprio governador deixou a escolha do nome em aberto para anúncio em 2014.
Especula-se a hipótese de Marina assumir a cabeça da chapa caso o governador não decole nas pesquisas de intenção de voto - ela aparece à frente dele nos últimos levantamentos.

Marina também reafirmou que a filiação ao PSB é transitória na medida em que continua militante e principal porta-voz da Rede Sustentabilidade, que ainda não conseguiu o registro na Justiça Eleitoral. “Estamos aprofundando essa aliança programática”, concluiu a ex-senadora, acrescentando que os dois partidos ainda farão mais quatro encontros regionais para afinar o discurso.
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Autor Fabio

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