Prefeito é o principal alvo da oposição, que ainda não possui estratégia definida(Foto: Bruno Campos/Folha de Pernambuco)
Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco
Sem previsão para o cenário das eleições municipais, a principal aposta da oposição é o lançamento de múltiplas candidaturas para levar a disputa para o segundo turno. Um dos entusiastas da estratégia é o senador Armando Monteiro Neto (PTB) que vem defendendo a posição junto aos seus aliados mais próximos. No entanto, as articulações ainda são embrionárias. A avaliação é que o cenário precisa de tempo para se consolidar e definir o melhor caminho para complicar a vida do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) avalia que o cenário de fragmentação dos oposicionistas pode ser positivo, caso amplie o número de candidaturas. “Não é ruim para o quadro eleitoral essa segmentação da oposição. Isso pode levar para um número maior de candidaturas e uma disputa de dois turnos”.
Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), o PSDB está construindo seu projeto sem pressa. O parlamentar se vale de uma orientação do diretório nacional da sigla para ter candidaturas nos principais polos do País. “O PSDB está compondo as coisas no seu tempo, estamos montando a chapa de vereadores e tendo muitos debates internos, mas não vamos começar uma campanha agora, já que as lideranças do partido têm outras atribuições”, disfarçou.
Com a definição do projeto majoritário próprio do PSOL, o deputado estadual Edilson Silva busca os movimentos sociais para consolidar a sua candidatura. O parlamentar semostra aberto as alianças com legendas da esquerda como PT e PDT, mas considera pouco provável o apoio. “Vamos fazer uma aliança primeiro com a sociedade. Neste ponto, estamos adiantados”, destacou.
Um dos nomes cogitados para a disputa, a vereadora Isabela de Roldão (PDT) relata que os oposicionistas conversam mais sobre o tema internamente, sem diálogo com os aliados. “Compomos um bloco de oposição na Câmara e não começamos a dialogar sobre isso. Não começou uma discussão sobre 2016, os debates se dão dentro dos partidos. É um momento de se desenhar isso, as posições de cada sigla”, avaliou.
Sem querer colocar seu nome na disputa, o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) avalia que a estratégia poderá mudar dependendo do cenário. “Vamos analisar mais na frente se vão ser várias candidaturas ou uma só que aglutine mais. O meu nome é lembrado, mas ainda é muito cedo”, avaliou.
O PT já abriu as discussões internas para debater as eleições de 2016. A presidente estadual da sigla, Teresa Leitão, relata que há um consenso na legenda para tentar não repetir os mesmos erros da última disputa municipal, quando o PT perdeu o comando do Recife