Daqui a 80 DIAS
Em nenhuma das três últimas disputas municipais no Recife - 2000, 2004 e 2008 -, o candidato que largou na frente venceu a corrida. Em 2000, João Paulo, eleito prefeito naquele ano, começou em terceiro lugar. Em 2004, com a administração mal avaliada, ele também largou em terceiro ao tentar a reeleição. O prefeito João da Costa, em 2008, então candidato apadrinhado do seu antecessor, seguiu a “tradição” das campanhas anteriores - era o terceiro da fila no início. Aquele que começa a corrida na vantagem vira alvo de ataques mais facilmente, o que ajudar a explicar a dificuldade em se manter na liderança. No atual quadro, no qual Humberto Costa (PT) lidera com 40% das intenções de voto, segundo pesquisa Folha/TV Globo/Ibope, divulgada ontem, há outro fator a se ponderar: os prefeituráveis com maior avaliação, caso do petista e de Mendonça Filho (20%), são também os que possuem maior rejeição, 27% e 28%, respectivamente. E, para o eleitor, os últimos 30 dias de campanha são determinantes. É nesse conjunto de variáveis que os socialistas depositam confiança, além de apostarem que suas propostas são melhores e na força do guia eleitoral. “Hoje, as pessoas não conhecem Geraldo. Mas, daqui a 80 dias, vão saber mais sobre ele do que sobre elas próprias”, assinala um socialista em reserva.
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