Bernardo Dantas/DP/D.A Press
Marina Silva segue no limite da contradição.
Depois de se filiar ao PSB, mesmo pregando, por três anos, uma nova forma de fazer política, insiste em afirmar que seu novo partido é um partido novo.
Propaga que Eduardo Campos não mais precisa se associar a aliados que simbolizam a velha política.
O PSB segue, porém, ajustado às antigas regras do jogo que Marina sabe muito bem qual é e do qual tira proveito.
Nessa segunda-feira, ao cumprir agenda no Recife aproveitou os holofotes sobre ela para ir além do tema nova política.
Atacou o governo Dilma. Apontou o retrocesso como marca da gestão, o que, para a presidente petista é um incômodo e tanto.
Isso porque, de fato, Dilma carece da tal “marca” tão cobrada por adversários e tão adorada pelos marqueteiros.
Sem ela, a marca, a presidente fica vulnerável do ponto de vista de discurso.
Já imaginou se essa história de retrocesso estigmatiza a gestão de quem era apontada como gerentona e “mãe do PAC”?
Paralelamente, Marina poupou o ex-presidente Lula, de quem foi ministra do Meio Ambiente.
Sabe que Lula tem popularidade ainda bastante alta e, atacá-lo seria arriscado.
Nada mais estratégico, nada tão novo assim na política.
Bom, estamos só no começo da disputa presidencial e é preciso destacar, que Dilma tem a caneta na mão e um programa que pode lhe conferir a perseguida marca: o Mais Médicos.
Se for exitosa, a iniciativa pode ser sinônimo de popularidade e votos.
Marina tem tido todos os microfones à sua disposição e, boa oradora que é, vai colocando sobre os petistas a pecha de ressentidos com a aliança que ela fez com o governador Eduardo Campos (PSB).
Justo ela que aderiu ao projeto socialista movida pela mágoa, agora tem dito que as pessoas que lhe atacam o fazem porque só têm isso a oferecer.
No link abaixo, o texto sobre as críticas da ex-senadora. O texto é de Aline Moura e está publicado no Diario:
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